segunda-feira, 26 de maio de 2014

China

República Popular da China (RPC; chinês simplificado: 中华人民共和国; chinês tradicional: 中華人民共和國; pinyin: Loudspeaker.svg Zhōnghuá Rénmín Gònghéguó (ajuda·info)), também conhecida simplesmente como China, é o maior país da Ásia Oriental e o mais populoso do mundo, com mais de 1,36 bilhão de habitantes, quase um quinto da população da Terra. É uma república socialista, governada pelo Partido Comunista da China (PCC) sob um sistema unipartidário4 e que tem jurisdição sobre vinte e duas províncias, cinco regiões autônomas (Xinjiang, Mongólia Interior, Tibete, Ningxia e Guangxi), quatro municípios (Pequim, Tianjin, Xangai e Chongqing) e duas Regiões Administrativas Especiais com grande autonomia5 (Hong Kong e Macau). A capital da RPC é Pequim.6

Com aproximadamente 9,6 milhões de quilômetros quadrados, a República Popular da China é o terceiro (ou quarto) maior país do mundo em área total e o segundo maior em área terrestre.7 Sua paisagem é variada, com florestas de estepes e desertos (como os de Gobi e de Taklamakan) no norte seco e frio, próximo da Mongólia e da Sibéria (Rússia), e florestas subtropicais no sul úmido e quente, próximo ao Vietnã, Laos e Mianmar. O terreno do país, a oeste, é de alta altitude, com o Himalaia e as montanhas Tian Shan formando fronteiras naturais entre a China, a Índia e a Ásia Central. Em contraste, o litoral leste da China continental é de baixa altitude e tem uma longa faixa costeira de 14 500 quilômetros, delimitada a sudeste pelo Mar da China Meridional e a leste pelo Mar da China Oriental, além de onde estão Taiwan, Coreia (Norte e Sul) e Japão.

A nação tem uma longa história, composta por diversos períodos distintos. A civilização chinesa clássica — uma das mais antigas do mundo — floresceu na bacia fértil do rio Amarelo, na planície norte do país.8 O sistema político chinês era baseado em monarquias hereditárias, conhecidas como dinastias, que tiveram seu início com a semimitológica Xia (aproximadamente 2000 a.C.) e terminaram com a queda dos Qing, em 1911. Desde 221 a.C., quando a dinastia Qin começou a conquistar vários reinos para formar um império único, o país expandiu-se, fraturou-se e reformulou-se várias vezes. A República da China, fundada em 1911 após a queda da dinastia Qing, governou o continente chinês até 1949. Em 1945, a república chinesa adquiriu Taiwan do Império do Japão, após o fim da Segunda Guerra Mundial. Na fase de 1946-1949 da Guerra Civil Chinesa, o Partido Comunista derrotou o nacionalista Kuomintang no continente e estabeleceu a República Popular da China, em Pequim, em 1 de outubro de 1949, enquanto o Partido Nacionalista mudou a sede do seu governo para Taipei. Desde então, a jurisdição da República da China está limitada à Taiwan e algumas ilhas periféricas (incluindo Penghu, Kinmen e Matsu) e o país recebe reconhecimento diplomático limitado ao redor do mundo.

Desde a introdução de reformas econômicas em 1978, a China tornou-se em uma das economias de mais rápido crescimento no mundo,9 sendo o maior exportador e o terceiro maior importador de mercadorias do planeta. A industrialização reduziu a sua taxa de pobreza de 53% (em 1981) para 8% (em 2001).10 O país tem sido considerado uma superpotência emergente por vários acadêmicos,11 analistas econômicos12 e militares.13 A importância da China14 15 como uma grande potência é refletida através de seu papel como segunda maior economia do mundo (ou segunda maior em poder de compra) e como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, bem como sendo um membro de várias outras organizações multilaterais, incluindo a OMC, APEC, G20, BRICS e da OCX. Além disso, o país é reconhecido como uma potência nuclear, além de possuir o maior exército do mundo em número de tropas e o segundo maior orçamento de defesa.


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A palavra "China" é derivada do persa Cin (چین), que por sua vez é derivado do sânscrito Cina (चीन). O termo é registrado pela primeira vez em 1516 no diário do explorador português Duarte Barbosa.17 A palavra sânscrita foi usada para se referir à China já em 150 d.C.18 Há várias teorias acadêmicas sobre a origem desta palavra. A teoria tradicional, proposta no século XVII por Martino Martini, é a de que a palavra China é derivada de Qin (秦), o mais ocidental dos reinos chineses durante a dinastia Zhou, ou a partir do sucesso da dinastia Qin (221–206 a.C.). A palavra Cina é usada em duas escrituras hindus – o Mahābhārata, do século V a.C., e no Código de Manu, do século II a.C. – referindo-se a um país localizado na fronteira tibetana-birmana no leste da Índia.

Na China, os nomes comuns para se referir ao país incluem Zhōngguó (chinês simplificado: 中国, literalmente ‘O(s) Estado(s) do Meio’) e Zhonghua (chinês simplificado: 中华), embora o nome oficial do país tenha sido alterado inúmeras vezes por sucessivas dinastias e governos modernos. O termo Zhongguo apareceu em vários textos antigos, como o Shujing do século VI a.C, e em tempos pré-imperiais ele foi muitas vezes usado como um conceito cultural para distinguir o Huaxia dos bárbaros. O termo, que pode ser singular ou plural, se refere ao grupo de Estados na planície central da China. Foi só no século XIX que a expressão surgiu como o nome formal do país. Os chineses não eram os únicos a definir a sua nação como "central", já que outras civilizações tinham a mesma opinião sobre si mesmas.
Evidências arqueológicas sugerem que os primeiros hominídeos habitaram a China entre 250 mil a 2,24 milhões de anos atrás.24 Uma caverna em Zhoukoudian (próximo da atual Pequim) continha fósseis datados entre 300 mil e 780 mil anos. Os fósseis da caverna são do Homem de Pequim, um exemplo de Homo erectus que manipulava o fogo. Há também restos de Homo sapiens que datam de 18 mil a 11 mil a.C. encontrados no local do Homem de Pequim.
A tradição chinesa indica a Dinastia Xia como a primeira dinastia imperial, mas ela era considerada mítica até que escavações científicas encontraram os primeiros sítios da Cultura Erlitou, da Idade do Bronze, na província de Henan em 1959. Os arqueólogos já descobriram sítios urbanos, implementos de bronze e túmulos em locais citados como pertencentes aos Xia em antigos textos históricos, mas é impossível verificar que esses restos são dessa época sem registros escritos do período.28

A primeira dinastia chinesa que deixou registros históricos, foi a vagamente feudal Dinastia Shang (Yin), que estabeleceu-se ao longo do rio Amarelo, no leste da China, do século XVII ao XI a.C. A escrita oráculo em ossos dessa dinastia representa a forma mais antiga de escrita chinesa já encontrada e é uma ancestral direta dos caracteres chineses modernos usados ​​em todo o leste da Ásia. Os Shang foram invadidos pelo oeste pela Dinastia Zhou, que governou entre os séculos XII e V a.C., até que a sua autoridade centralizada foi lentamente corroída por senhores de guerra feudais. Vários Estados independentes finalmente emergiram do enfraquecido governo Zhou e entraram em guerra constantemente uns contra os outros durante o chamado Período das Primaveras e Outonos, que durou 300 anos, sendo apenas ocasionalmente interrompido pelo imperador Zhou. Até o momento do Período dos Reinos Combatentes, durante os séculos V e III a.C., havia sete poderosos Estados soberanos no que é agora é a atual China, cada um com seu próprio rei, ministério e exército.
O primeiro Estado unificado chinês foi estabelecido por Qin Shi Huang, do Estado Qin, em 221 a.C. Qin proclamou-se o "Primeiro Imperador" (始 皇帝) e impôs muitas reformas em toda a nação, principalmente a normalização forçada da língua, medidas, comprimento de eixos e da moeda chinesa. A Dinastia Qin durou apenas quinze anos, caindo logo após a morte de Qin Shi Huang, que com o duro legalismo e políticas autoritárias levou a uma rebelião generalizada no país.30 31

A subsequente Dinastia Han governou a China entre 206 a.C. e 220 d.C. e criou uma duradoura identidade cultural entre a população, fator que resiste até os dias atuais.30 31 Essa dinastia expandiu consideravelmente o território do império através de campanhas militares que atingiram Coreia, Vietnã, Mongólia e Ásia Central, além de também ter ajudado a criar a Rota da Seda no centro da Ásia. A China foi por grande parte dos últimos dois milênios a maior economia do mundo. No entanto, na parte final da Dinastia Qing, o desenvolvimento econômico chinês começou a declinar e o rápido desenvolvimento da Europa durante a Revolução Industrial permitiu-lhe ultrapassar a nação chinesa (ver Grande Divergência).
A Dinastia Qing, que durou até 1912, foi a última dinastia imperial da China. No século XIX, essa linhagem adotou uma postura defensiva em relação ao imperialismo europeu, embora estivesse envolvida em uma expansão imperialista particular para a Ásia Central. Neste momento, o país começou a perceber a importância do resto do mundo, em particular do Ocidente. Como a China se abriu ao comércio exterior e à atividade missionária, o ópio produzido pela Índia britânica foi forçado a entrar no Império Qing. Duas Guerras do Ópio com a Grã-Bretanha enfraqueceram o controle do Imperador. O imperialismo ocidental revelou-se desastroso para o país:

Cquote1.svg O fim da Guerra do Ópio marcou o início do imperialismo ocidental na China. Tratados desiguais, impostos no final da guerra, forçaram a China a ceder Hong Kong, abrir 'Tratados dos Portos' para o comércio exterior, pagar indenizações a seus vencedores e permitir que os estrangeiros a viver e trabalhar em solo chinês ficassem livres da jurisdição da lei local (extraterritorialidade). Ao longo dos anos, novas guerras com as potências ocidentais expandiram essas imposições sobre a soberania nacional da China, que culminou com o Tratado de Shimonoseki, que encerrou o Guerra Sino-Japonesa de 1894-95.
O enfraquecimento do regime Qing e a humilhação aparente dos tratados desiguais aos olhos do povo chinês, levou à crescente desordem social doméstica. No final de 1850, o sul chinês entrou em ebulição com a Rebelião Taiping, uma violenta guerra civil que durou até 1864. A rebelião foi liderada por Hong Xiuquan, que foi parcialmente influenciado por uma interpretação idiossincrática do cristianismo. Hong acreditava ser ele o filho de Deus e o irmão mais novo de Jesus. Embora as forças de Qing tenham sido vitoriosas, essa guerra civil foi uma das mais sangrentas da história da humanidade, custando pelo menos 20 milhões de vidas (mais do que o número total de mortes da Primeira Guerra Mundial), com algumas estimativas chegando até 40 milhões de mortos. Outras rebeliões custosas seguiram a Rebelião Taiping, como Guerras do Clã Punti-Hakka (1855-1867), Rebelião Nien (1851-1868), Rebelião Miao (1854-1873), Revolta dos Panthay (1856-1873) e a Revolta Dungan (1862-1877).47 48

Cada uma dessas rebeliões resultou em uma perda estimada de vários milhões de vidas e teve um impacto devastador sobre a já frágil economia do país.49 50 51 O fluxo do ópio britânico apressou ainda mais a queda do império. No século XIX, a era do colonialismo estava no auge e a grande diáspora chinesa começou, sendo que hoje cerca de 35 milhões de chineses vivem no sudeste da Ásia.52 As taxas de emigração foram reforçadas por catástrofes nacionais, como a Fome do Norte da China de 1876-1879, que custou entre 9 e 13 milhões de vidas.53 De 108 a.C. à 1911, a China passou por 1 828 períodos de fome54 (um por ano) em algum lugar do território do império.
Enquanto a China era destruída por contínuas guerras, o Japão Meiji conseguia rapidamente modernizar suas forças armadas e definir suas ambições sobre a conquista da Coreia e da Manchúria. A pedido do imperador coreano, o governo Qing enviou tropas para ajudar a suprimir a Rebelião Tonghak em 1894. No entanto, o Japão também enviou tropas para a Coreia, levando à Primeira Guerra Sino-Japonesa, o que resultou no fim da influência da China Qing na península coreana, bem como a cessão de Taiwan (incluindo as Ilhas Pescadores) para o Japão em 1895.56

Após esta série de derrotas, um plano de reforma para o império para se tornar uma moderna monarquia constitucional ao estilo Meiji foi elaborado pelo imperador Guangxu em 1898, mas encontrou resistência e foi parado pela imperatriz Tseu-Hi, que colocou imperador sob prisão domiciliar em um golpe de Estado. O malfadado levante dos boxers de 1898-1901, cujo principal alvo eram os ocidentais em Pequim, resultou em cerca de 115 mil mortes.57

No início do século XX, uma massiva desordem civil havia começado e apelos por reformas e revolução eram ouvidos em todo o país. O imperador Guangxu de 38 anos de idade morreu em prisão domiciliar em 14 de novembro de 1908, curiosamente um dia antes antes da morte da própria Tseu-Hi. Com o trono vazio, ele foi sucedido pelo herdeiro escolhido a dedo pela imperatriz, seu sobrinho de dois anos de idade Pu Yi, que se tornou o imperador Xuantong. A consorte de Guangxu tornou-se a imperatriz viúva Longyu. Em outro golpe de Estado em 1912, Yuan Shikai derrubou Pu Yi e forçou Longyu a assinar o decreto de abdicação como regente, terminando mais de dois mil anos de domínio imperial na China. Longyu morreu, sem filhos, em 1913.
Em 1 de janeiro de 1912, a República da China foi estabelecida, anunciando o fim da China Imperial.59 Sun Yat-sen do Kuomintang (Partido Nacionalista ou KMT) foi proclamado o presidente provisório da República.60 No entanto, a presidência foi dada mais tarde a Yuan Shikai, um ex-general Qing, que tinha assegurado a deserção de todo o Exército de Beiyang do império Qing à revolução. Em 1915, Yuan proclamou-se Imperador da China, mas foi forçado a abdicar e restabelecer a república em face da condenação popular, não só da população em geral, mas também do próprio Exército de Beiyang e de seus comandantes.61

Após a morte de Yuan Shikai em 1916, a China estava politicamente fragmentada, com um governo reconhecido internacionalmente, mas virtualmente impotente no âmbito doméstico e assentado em Pequim. Senhores da guerra regionais exerciam controle real sobre seus respectivos territórios.62 63 No final dos anos 1920, o Kuomintang nacionalista de Chiang Kai-shek foi capaz de reunificar o país sob seu próprio controle através de uma série de hábeis manobras políticas e militares, conhecidas popularmente como a Expedição do Norte.
O Kuomintang mudou a capital do país para Nanquim e implementou a "tutela política", um estágio intermediário de desenvolvimento político delineado no programa San-min, de Sun Yat-sen, para transformar a China em um Estado democrático moderno. Efetivamente, a tutela política significou um governo unipartidário comandado pelo Kuomintang, mas o partido dividiu-se politicamente em facções concorrentes.66 67 Esta divisão política tornou difícil para Chiang combater os comunistas, com quem o Kuomintang guerreava desde 1927, na Guerra Civil Chinesa. Esta guerra continuou com êxito para o Kuomintang, especialmente depois que os comunistas se retiraram na Grande Marcha, até que o Incidente de Xi’an e a agressão japonesa forçaram Chiang a enfrentar o Japão Imperial.68 69

A Segunda Guerra Sino-Japonesa (1937-1945), uma parte da Segunda Guerra Mundial, forçou uma aliança entre o Kuomintang e os comunistas. A "Política dos Três Tudos" do Japão no norte da China—"matar todos, queimar tudo e destruir tudo"—levou a inúmeras atrocidades de guerra cometidas contra a população civil pelos soldados japoneses; ao todo, mais de 20 milhões de civis chineses morreram.70 71 Estima-se que 200 mil chineses foram massacrados apenas na cidade de Nanquim durante a ocupação japonesa.72 O Japão se rendeu incondicionalmente para a China em 1945. Taiwan, incluindo as Ilhas Pescadores, foi colocada sob o controle administrativo da República da China, que imediatamente reivindicou sua soberania. A China emergiu vitoriosa, com o auxílio da invasão soviética em agosto de 194573 , mas foi devastada e financeiramente drenada pela guerra. A desconfiança permanente entre o Kuomintang e os comunistas levou à retomada da guerra civil. Em 1947, a lei constitucional foi estabelecida, mas por causa da contínua agitação muitas disposições da Constituição da República da China nunca foram implementadas na China continental.
Os conflitos da Guerra Civil Chinesa terminam em 1949, quando o Partido Comunista tomou o controle da China continental e o Kuomintang recuou para o mar, reduzindo seu território para apenas Taiwan, Hainan e suas ilhas vizinhas. Em 1 de outubro de 1949, Mao Tsé-Tung proclamou a criação da República Popular da China,77 que ficou conhecida no ocidente como "China comunista" ou "China Vermelha" durante o período da Guerra Fria. Em 1950, o Exército de Libertação Popular (ELP) teve sucesso na recaptura de Hainan da República da China, ocupou o Tibete e derrotou a maioria das forças remanescentes do Kuomintang nas províncias de Yunnan e Xinjiang, apesar de alguns redutos do Partido Nacionalista ainda tiverem sobrevivido por muito mais tempo.
Mao encorajou o crescimento da população e, sob a sua liderança, a população chinesa quase duplicou, passando de cerca de 550 milhões para mais de 900 milhões de habitantes.79 No entanto, o "Grande Salto Adiante" de Mao, um projeto de larga escala de reforma econômica e social, resultou em um número estimado de 45 milhões de mortes entre 1958 e 1961, principalmente por causa da fome.80 Entre 1 e 2 milhões de proprietários de terra foram executados sob a acusação de serem "contra-revolucionários".81 Em 1966, Mao e seus aliados lançaram a Revolução Cultural, que duraria até a morte do líder comunista uma década depois. Essa Revolução, motivada por lutas de poder dentro do partido e pelo medo da União Soviética, levou a uma grande reviravolta na sociedade chinesa. Em outubro de 1971, a República Popular da China substituiu a República da China na Organização das Nações Unidas e tomou seu lugar como membro permanente doConselho de Segurança. No mesmo ano, pela primeira vez, o número de países que reconheciam a República Popular da China superou os que reconheciam a República da China, com sede em Taipei, como o governo legítimo do país. Em fevereiro de 1972, no auge da ruptura sino-soviética, Mao e Zhou Enlai encontraram o então presidente americano Richard Nixon em Pequim. No entanto, os Estados Unidos só foram reconhecer oficialmente a República Popular como o único governo legítimo da China em 1 de janeiro de 1979.82
Após a morte de Mao em 1976 e a prisão do Bando dos Quatro, que foram responsabilizados pelos excessos da Revolução Cultural, Deng Xiaoping rapidamente arrebatou o poder do sucessor de Mao, Hua Guofeng. Embora ele nunca tenha se tornado o chefe do partido ou do Estado, Deng foi o "líder supremo" de fato da China na época e sua influência dentro do Partido levou o país a importantes reformas econômicas. Posteriormente, o Partido Comunista afrouxou o controle governamental sobre a vida dos cidadãos e as comunas populares foram dissolvidas, sendo que muitos camponeses receberam múltiplos arrendamentos de terra, com o aumento de incentivos e da produção agrícola. Estes eventos marcaram a transição da China de uma economia planejada para uma economia mista com um ambiente de mercado cada vez mais aberto, um sistema chamado por alguns de "socialismo de mercado" e que o Partido Comunista da China oficialmente descreve como "socialismo com características chinesas". A China adotou a sua atual constituição em 4 de dezembro de 1982.83 Outras fontes, no entanto, interpretam as reformas impostas pelo governo chinês como um abandono do sistema econômico socialista.84 85
A morte do oficial pró-reforma Hu Yaobang ajudou a desencadear o Protesto na Praça da Paz Celestial em 1989, durante o qual estudantes e outros civis fizeram campanha por vários meses, pedindo o combate contra a corrupção e uma maior reforma política, que incluísse os direitos democráticos e a liberdade de expressão. No entanto, eles foram finalmente dispersos em 4 de junho, quando as tropas e veículos do ELP entraram à força e abriram a praça, resultando em várias vítimas. Este evento foi amplamente divulgado e trouxe condenação mundial e sanções contra o governo chinês.86 87 O incidente conhecido como "O Rebelde Desconhecido" tornou-se particularmente famoso na época.
Mao encorajou o crescimento da população e, sob a sua liderança, a população chinesa quase duplicou, passando de cerca de 550 milhões para mais de 900 milhões de habitantes.79 No entanto, o "Grande Salto Adiante" de Mao, um projeto de larga escala de reforma econômica e social, resultou em um número estimado de 45 milhões de mortes entre 1958 e 1961, principalmente por causa da fome.80 Entre 1 e 2 milhões de proprietários de terra foram executados sob a acusação de serem "contra-revolucionários".81 Em 1966, Mao e seus aliados lançaram a Revolução Cultural, que duraria até a morte do líder comunista uma década depois. Essa Revolução, motivada por lutas de poder dentro do partido e pelo medo da União Soviética, levou a uma grande reviravolta na sociedade chinesa. Em outubro de 1971, a República Popular da China substituiu a República da China na Organização das Nações Unidas e tomou seu lugar como membro permanente do Conselho de Segurança. No mesmo ano, pela primeira vez, o número de países que reconheciam a República Popular da China superou os que reconheciam a República da China, com sede em Taipei, como o governo legítimo do país. Em fevereiro de 1972, no auge da ruptura sino-soviética, Mao e Zhou Enlai encontraram o então presidente americano Richard Nixon em Pequim. No entanto, os Estados Unidos só foram reconhecer oficialmente a República Popular como o único governo legítimo da China em 1 de janeiro de 1979.82

Após a morte de Mao em 1976 e a prisão do Bando dos Quatro, que foram responsabilizados pelos excessos da Revolução Cultural, Deng Xiaoping rapidamente arrebatou o poder do sucessor de Mao, Hua Guofeng. Embora ele nunca tenha se tornado o chefe do partido ou do Estado, Deng foi o "líder supremo" de fato da China na época e sua influência dentro do Partido levou o país a importantes reformas econômicas. Posteriormente, o Partido Comunista afrouxou o controle governamental sobre a vida dos cidadãos e as comunas populares foram dissolvidas, sendo que muitos camponeses receberam múltiplos arrendamentos de terra, com o aumento de incentivos e da produção agrícola. Estes eventos marcaram a transição da China de uma economia planejada para uma economia mista com um ambiente de mercado cada vez mais aberto, um sistema chamado por alguns de "socialismo de mercado" e que o Partido Comunista da China oficialmente descreve como "socialismo com características chinesas". A China adotou a sua atual constituição em 4 de dezembro de 1982.83 Outras fontes, no entanto, interpretam as reformas impostas pelo governo chinês como um abandono do sistema econômico socialista.84 85

A morte do oficial pró-reforma Hu Yaobang ajudou a desencadear o Protesto na Praça da Paz Celestial em 1989, durante o qual estudantes e outros civis fizeram campanha por vários meses, pedindo o combate contra a corrupção e uma maior reforma política, que incluísse os direitos democráticos e a liberdade de expressão. No entanto, eles foram finalmente dispersos em 4 de junho, quando as tropas e veículos do ELP entraram à força e abriram a praça, resultando em várias vítimas. Este evento foi amplamente divulgado e trouxe condenação mundial e sanções contra o governo chinês.86 87 O incidente conhecido como "O Rebelde Desconhecido" tornou-se particularmente famoso na época.
Bandeira da ChinaBrasão de armas da China

França

França (em francês: France; AFI: [fʁɑ̃s] Ltspkr.png ouça), oficialmente República Francesa (em francês: République française; [ʁepyblik fʁɑ̃sɛz]) é um país localizado na Europa Ocidental, com várias ilhas e territórios ultramarinos noutros continentes. A França Metropolitana se estende do Mediterrâneo ao Canal da Mancha e Mar do Norte, e do Rio Reno ao Oceano Atlântico. É muitas vezes referida como L'Hexagone ("O Hexágono") por causa da forma geométrica do seu território. A nação é o maior país da União Europeia em área e o terceiro maior da Europa, atrás apenas da Rússia e da Ucrânia (incluindo seus territórios extraeuropeus, como a Guiana Francesa, o país torna-se maior que a Ucrânia).

Por cerca de meio milênio,7 a França tem sido uma grande potência, com forte influência econômica, cultural, militar e política no âmbito europeu e global. Durante muito tempo o país exerceu um papel de liderança e hegemonia na Europa (principalmente a partir da segunda metade do século XVII e parte do XVIII). Ao longo daqueles dois séculos, a França iniciou a colonização de várias áreas do planeta e, durante o século XIX e início do século XX, chegou a constituir o segundo maior império da história, o que incluía grande parte da América do Norte, África Central e Ocidental, Sudeste Asiático e muitas ilhas do Pacífico.

A nação francesa tem seus principais ideais expressos na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. A República Francesa é definida como indivisível, laica, democrática e social pela sua constituição.8 A França é um dos países mais desenvolvidos do mundo,9 possui a quinta maior economia do mundo por PIB nominal, a nona maior por paridade do poder de compra e a segunda maior de toda a Europa.10 O país goza de um alto padrão de vida, bem como um elevado nível de escolaridade pública, além de ter uma das mais altas expectativas de vida do mundo.11 A França foi classificada como o melhor provedor saúde pública do mundo pela Organização Mundial de Saúde (OMS).12 É o país mais visitado no mundo, recebendo 82 milhões de turistas estrangeiros por ano.
A França tem o terceiro maior orçamento militar do mundo14 , a terceira maior força militar da OTAN e o maior exército da União Europeia, além de ser um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas e possuir o terceiro maior número de armas nucleares do mundo.15 O país é um dos membros fundadores da União Europeia e possui a maior área e a segunda maior economia do bloco. É também membro fundador da Organização das Nações Unidas, além de ser membro da Francofonia, do G8, do G20, da OTAN, da OCDE, da OMC e da União Latina.
Os francos foram uma tribo germânica, provavelmente originária da Panônia, uma região do território onde hoje se situa a Hungria, e que mais tarde se mudaram para o oeste, para ocupar a região da Frísia, onde atualmente estão os Países Baixos.

Em meados do século IV da nossa era, na época da decadência do Império Romano, o imperador Juliano, para pacificar estas tribos, lhes cedeu a Gália, e os francos se incorporaram ao império como um aliado federado.

Na época do seu apogeu, o reino dos francos abarcou a maior parte do atual território da França e parte do que hoje é a Alemanha (Francônia). Este povo germânico uniu-se aos povoadores celtas do lugar, os gauleses, e ambos os grupos indo-europeus constituíram a origem do que séculos mais tarde seria a nação francesa. No entanto, os francos deixaram uma marca mais forte que a dos gauleses, pelo menos no nome do país: etimologicamente, França significa ´terra dos francos´.

As fronteiras da França moderna são muito semelhantes às fronteiras da antiga Gália, território habitado pelos gauleses, de origem celta. A Gália foi conquistada pelos Romanos no século I a.C., e os gauleses acabaram por adoptar a cultura e a língua latinas.

O cristianismo instalou-se durante os séculos II e III. As fronteiras do leste da Gália ao longo do rio Reno foram atravessadas por tribos germânicas - principalmente os Francos, dos quais o antigo nome "Francie" vem - durante o século IV.

Apesar de a monarquia francesa ser muitas vezes datada do século V, a existência contínua da França como uma entidade separada começa com a divisão do império franco de Carlos Magno em uma parte leste e uma parte oeste. A parte do leste pode ser considerada como o começo do que é a atual Alemanha, a parte oeste como a França.
Os sucessores de Carlos Magno dirigiram a França até 987, quando Hugo Capeto, Duque de França e conde de Paris, foi coroado Rei da França. Seus sucessores, a dinastia dos Capetos, dirigiram a França até 1789, quando a Revolução Francesa instalou uma República, em uma época de mudanças radicais que começou em 1789.

Após diversas mudanças, a França chegou ao século XX como um país em transição política constante, passando, diversas vezes, por diferentes regimes políticos, piorando sua imagem no mundo (sendo que não possuía tantas colônias como a Inglaterra, que tinha um vasto império que agregava 1/4 do mundo). Com eclosão da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), em 1940 a Alemanha declarou guerra à França e invadiu o país. Após apenas 43 dias de combates, os franceses se renderam e precisaram da ajuda dos aliados (em destaque, o Reino Unido e os Estados Unidos) para sua libertação (iniciada no Dia D, 6 de Junho de 1944).

Apesar disso, no final da guerra, a França obteve o estatuto de membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, conseguiu entrar no restrito clube de potências nucleares e foi, juntamente com a Alemanha, o principal incentivador da criação da Comunidade Europeia.

Atualmente, a França é um país de língua latina, que ocupa a maior parte das antigas tribos gaulesas célticas, conquistada por Júlio César, mas que leva seu nome dos francos uma tribo germânica, cujo nome significa "homens livres", que foi formada tardiamente e instalada em uma parte do terreno do Império Romano.
Bandeira da FrançaBrasão de armas da França

domingo, 25 de maio de 2014

Buda de Ouro

Buda de Ouro, cujo nome oficial em Língua tailandesa é Phra Maha Suwan Phuttha Patimakon, (พระพุทธ มหา สุวรรณ ปฏิมากร, grande estátua do Buda de Ouro), é a maior estátua de ouro maciço no mundo, e um dos mais preciosos tesouros da Tailândia e do budismo.
Ele está localizado no Wat Traimit, um pequeno templo do Budismo teravada localizado no distrito de Samphanthawong, no Yaowarat, na Chinatown de Bangkok, na Tailândia.
Figuras de metal do Buda feitas na Índia, costumavam serem levadas para vários países da Asia para a instalação. A estátua do Buda de Ouro foi provavelmente construida na Índia em partes, e montada no local. Posterioramente foi completamente colada para impedir que fosse roubada.
De acordo com algumas hipóteses, a obra foi realizado durante o período Sukhothai (1238-1438),e estava localizada em um wat de Ayutthaya até a segunda metade do século XVIII.
Quando os birmaneses sitiaram a cidade, em 1765, o valor da estátua foi oculto com um revestimento grosso de estuque e pintada diversas vezes com tinta cor de ouro. Foi assim que foi salva do saqueamento, quando a cidade foi completamente destruida em abril de 1767, um evento que encerrou o glorioso reino de Ayutthaya.
O real valor da estátua permaneceu em segredo durante quase dois séculos.
Durante o reinado de Rama III (1824-1851) a estátua foi levada para o Wat Phrayakrai, no Yaowarat em Bangkok, e mesmo conservando o revestimento áspero de estuque era a estátua principal.
No início dos anos 1930, obras de reconstrução nos bancos do rio Chao Phraya perto Chinatown, exigiu a demolição do antigo templo. Apesar do fato de que a estátua não era tão atraente, sua destruição não foi uma opção. Assim, decidiu-se move-la para o recem construido Wat Traimit, um pagode de menor relevância situado na mesma área. Como o templo não tinha um edifício suficientemente amplo para abrigar a estátua, ela foi conservada no pátio sob um telhado de zinco por 20 anos.
Em 1955  um novo edifício foi construído e os monges decidiram instalar a estátua dentro dele. Ao ser movida por cabos, um destes se rompeu e a estátua caiu, um evento que foi visto como um mau presságio pelos trabalhadores, que fugiram do local, deixando a estátua sobre o solo. Era a época das chuvas e, como para confirmar o mau presságio, uma tempestade inundou parcialmente a cidade durante a noite.

sábado, 24 de maio de 2014

Singapura

Singapura (FO 1943: Cingapura),nota 1 oficialmente República de Singapura, é uma cidade-Estadolocalizada na ponta sul da Península Malaia, no Sudeste Asiático, a 137 quilômetros ao norte do equador. Um país insular constituído por 63 ilhas, é separado da Malásia pelo Estreito de Johor, ao norte, e das Ilhas Riau (Indonésia) pelo Estreito de Singapura, ao sul. Singapura é altamente urbanizada, mas quase metade do seu território é coberto por vegetação. No entanto, mais terras estão sendo criadas para o desenvolvimento por meio de aterramento marítimo.
Singapura tinha sido uma parte de diversos impérios locais desde que foi habitada no século II d.C. A Singapura moderna foi fundada como um posto comercial da Companhia das Índias Orientais por Sir Stamford Raffles em 1819 com a permissão do Sultanato de Johor. Os britânicos obtiveram a soberania completa da ilha em 1824 e a cidade se tornou um dos Estabelecimentos dos Estreitos britânicos em 1826. Singapura foi ocupada pelo Império do Japão na Segunda Guerra Mundial e voltou ao domínio britânico após a guerra. Tornou-se auto-governada internamente em 1959. O território uniu-se a outros ex-territórios britânicos para formar a Malásia em 1963 e tornou-se um Estado totalmente independente dois anos mais tarde após a separação da Malásia. Desde então, teve um aumento maciço em termos de riqueza e é um dos quatro Tigres Asiáticos. A economia depende fortemente da indústria e dos serviços. O país é um líder mundial em diversas áreas: é o quarto principal centro financeiro do mundo, o segundo maior mercado de jogos de casino e o terceiro maior centro de refinação de petróleo do mundo. O porto da cidade é um dos cinco portos mais movimentados do mundo. O país é o lar do maior número de famílias milionárias em dólares per capita do planeta. O Banco Mundial considera a cidade como o melhor lugar no mundo para se fazer negócios. O país tem o terceiro maior PIB per capita por paridade do poder de compra do mundo, tornando Singapura um dos países mais ricos do planeta.
A cidade é uma república parlamentar com um sistema Westminster de governo unicameral. O Partido de Ação Popular (PAP) ganhou todas as eleições desde a concessão britânica de autonomia interna em 1959. O sistema legal de Singapura tem suas bases no sistema da common law inglesa, mas modificações foram feitas a ela ao longo dos anos, como a remoção de julgamento por júri. A imagem popular do PAP é a de um governo forte, experiente e altamente qualificado, apoiado por um serviço especializado civil e um sistema de educação com ênfase na realização e na meritocracia. No entanto, o partido é visto por alguns eleitores, críticos da oposição e observadores internacionais como sendo autoritário e demasiado restritivo quanto a liberdade individual.
Cerca de 5 milhões de pessoas vivem em Singapura, dos quais 2,91 milhões nasceram no local. A maioria da população é descendente de chinesesmalaios e indianos. Há quatro línguas oficiais: inglêschinêsmalaiotâmil. Um dos cinco membros fundadores da Associação de Nações do Sudeste Asiático, Singapura também abriga a Secretaria da APEC e é membro da Cúpula do Leste Asiático, do Movimento dos Países Não-Alinhados e da Commonwealth.
O início do povoamento hoje conhecido como Singapura iniciou-se no século II d.C.7 Foi um posto avançado do império de Srivijaya, chamado Temasek ("cidade do mar"). Entre os séculos XVI e XIX, era parte do sultanato de Johor. Em 1613, invasores portugueses queimaram o povoamento e a ilha afundou no esquecimento durante dois séculos.7

Em 1819, Thomas Stamford Raffles chegou e assinou um tratado com o sultão Shah Hussein em nome da Companhia Britânica das Índias Orientais para desenvolver a parte do sul de Singapura como um entreposto comercial britânico, ante sua privilegiada localização na passagem que liga o sul do Mar da China ao Oceano Índico.8 Em 1824 toda a ilha se tornou uma possessão britânica no âmbito de um tratado adicional pelo qual o sultão e os Temenggong entregaram à Companhia Britânica das Índias Orientais, que ampliou e explorou o porto. Em 1826, tornou-se parte dos Estabelecimentos dos Estreitos, um grupo de colônias britânicas. Até 1869, 100.000 pessoas viviam na ilha.
Na Segunda Guerra Mundial, o Exército Imperial Japonês invadiu a Malásia, o que deu origem à Batalha de Singapura. Os ingleses foram derrotados e renderam-se em 15 de fevereiro de 1942. O então primeiro-ministro britânico, Winston Churchill, chamou o episódio de "o pior desastre e a maior capitulação da história britânica."9 Os japoneses ocuparam Singapura até os britânicos retomarem o território em setembro de 1945, após a rendição do Japão.10

A primeira eleição geral em Singapura, em 1955, foi ganha pelo pró-independentista David Marshall, chefe da Frente de Trabalho. Exigindo um governo completamente independente, Marshall liderou uma delegação a Londres, mas o seu intuito foi recusado pelos britânicos. Demitiu-se quando retornou e foi substituído por Lim Yew Hock, cujas políticas convenceram o Reino Unido a conceder plena autonomia interna para Singapura em todas os temas, exceto assuntos de defesa e relações internacionais11

Nas eleições de maio de 1959 o partido Ação Popular obteve uma vitória esmagadora e imediatamente fez de Singapura um Estado autônomo dentro da Commonwealth, com Lee Kuan Yew como o primeiro-ministro.12 O Governador de Singapura Sir William Allmond Codrington Goode serviu como o primeiro chefe de Estado do país até dezembro de 1959, quando foi sucedido por Encik Yusof bin Ishak, mais tarde primeiro presidente de Singapura.

Singapura declarou a sua independência do Reino Unido em 31 de agosto de 1963,13 antes de ingressar na então nova Federação da Malásia em setembro, junto com Malásia, Sabah e Sarawak, como resultado do Referendo de 1962 sobre a Incorporação de Singapura. Tunku Abdul Rahman separou Singapura da Federação dos dois anos mais tarde, após o conflito ideológico aquecido entre os partidos do governo da Malásia e de Singapura.13

Singapura ganhou soberania como "República de Singapura" (permanecendo dentro da Commonwealth), em 9 de agosto de 1965,13 com Yusof bin Ishak como presidente e Lee Kuan Yew, ainda como primeiro-ministro. Em 1970 o país se juntou ao Movimento Não-Alinhado e em 1976 ajudou a fundar a Associação das Nações do Sudeste Asiático.14 Em 1990, Goh Chok Tong sucedeu Lee como primeiro-ministro. Durante seu mandato, o país enfrentou a crise financeira asiática de 1997, o surto de SARS de 2003 e as ameaças terroristas colocadas pela Jemaah Islamiyah. Em 2004, Lee Hsien Loong, filho mais velho de Lee Kuan Yew, se tornou o terceiro primeiro-ministro.
Bandeira de SingapuraBrasão  Singapura

México

México, oficialmente Estados Unidos Mexicanos, é uma república constitucional federal localizada naAmérica do Norte. O país é limitado a norte pelos Estados Unidos; ao sul e oeste pelo Oceano Pacífico; a sudeste pela GuatemalaBelize e Mar do Caribe; a leste pelo Golfo do México.Com um território que abrange quase 2 milhões de quilômetros quadrados, o México é o quinto maior país das Américas por área total e o 14º maior país independente do mundo. Com uma população estimada em 118 milhões de habitantes, é o 11º país mais populoso do mundo e o mais populoso país da hispanofonia. O México é uma federação composta por trinta e um estados e um distrito federal (Distrito Federal). O México figura também como o segundo país mais populoso e rico da América Latina, em ambos os casos superado apenas pelo Brasil.
Na Mesoamérica pré-colombiana muitas culturas amadureceram e se tornaram civilizações avançadas como a dos olmecastoltecasteotihuacanoszapotecasmaias e astecas, antes do primeiro contato com os europeus. Em 1521, a Espanha conquistou e colonizou o território mexicano a partir de sua base emTenochtitlán e administrou-o como o Vice-Reino da Nova Espanha. Este território viria a ser o México com o reconhecimento da independência da colônia em 1821. O período pós-independência foi marcado pela instabilidade econômica, a Guerra Mexicano-Americana e a consequente cessão territorial para os Estados Unidos, uma guerra civildois impérios e uma ditadura nacional. Esta última levou à Revolução Mexicana em 1910, que culminou na promulgação da Constituição de 1917 e a emergência do atual sistema político do país. Eleições realizadas em julho de 2000 marcaram a primeira vez que um partido de oposição conquistou a presidência do Partido Revolucionário Institucional.
O México é uma das maiores economias do mundo e uma potência regional , e desde 1994, o primeiro país latino-americano membro da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), sendo um país de renda média-alta consolidada. O México é considerado um dos países recentemente industrializados e uma potência emergente. A nação tem o 13º maior PIB nominal e o maior 11º maior PIB por paridade de poder de compra. A economia está fortemente ligada à dos seus parceiros doTratado Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA), especialmente os Estados Unidos. O país ocupa o quinto lugar no mundo e o primeiro das Américas em número de Patrimônios Mundiais da UNESCO, com 31 lugares que receberam esse título, e em 2007 foi o 10º país mais visitado do mundo, com 21,4 milhões de turistas internacionais.
Fogueiras encontradas no Vale do México foram datadas por radiocarbono como sendo de 21 000 a.C., e alguns fragmentos de ferramentas de pedra foram encontrados perto das fogueiras, indicando a presença de humanos naquela época.
Há cerca de 9 000 anos, antigos povos indígenas domesticaram o milho e iniciaram uma revolução industrial, levando à formação de muitas civilizações complexas. Entre 1.800 e 300 a.C., muitas evoluíram para avançadas civilizações pré-colombianas da Mesoamérica, tais como: os olmecas, os teotihuacanos, os maias, os zapotecas, os mixtecas, os toltecas e os astecas, as quais floresceram durante quase 4 000 anos antes do primeiro contato com europeus.
A estas civilizações são creditadas muitas invenções e avanços em campos como a arquitetura (templos-pirâmides),matemáticaastronomiamedicina e teologia. Os astecas foram notáveis pela prática de sacrifícios humanos em larga escala. No seu auge, Teotihuacan, que contém algumas das maiores estruturas piramidais construídas na América pré-colombiana, tinha uma população de mais de 150 000 pessoas. Estimativas da população antes da conquista espanhola apontam para 6 a 25 milhões de habitantes na região do atual México.
No início do século XVI, a partir do desembarque de Hernán Cortés, a civilização asteca foi invadida e conquistada pelos espanhóis. Introduzida de forma acidental pelos conquistadores espanhóis, a varíola devastou a Mesoamérica em 1520, matando milhões de astecas, incluindo o imperador, e foi-lhe creditada a vitória de Hernán Cortés sobre o império asteca. O território tornou-se parte do império espanhol, sob o nome de Nova Espanha. Grande parte da identidade, tradições e arquitetura do México foram criados durante o período colonial.
Em 16 de setembro de 1810, a independência da Espanha foi declarada pelo padre Miguel Hidalgo y Costilla, na pequena cidade deDolores HidalgoGuanajuato. O primeiro grupo insurgente era formado por Hidalgo, o capitão do exército vicerreinal espanholIgnacio Allende, o capitão de milícias Juan Aldama e "La CorregidoraJosefa Ortiz de Domínguez. Hidalgo e alguns de seus soldados foram capturados e executados por um pelotão de fuzilamento em Chihuahua, em 31 de julho de 1811. Após sua morte, a liderança foi assumida pelo padre José María Morelos, que ocupou as principais cidades do sul.
O Texas obteve com sucesso a sua independência e foi anexado pelos Estados Unidos. Uma disputa fronteiriça levou àGuerra Mexicano-Americana, que começou em 1846 e durou dois anos; a guerra foi terminada com a assinatura do Tratado de Guadalupe-Hidalgo, que forçou o México a ceder quase a metade de suas terras para os Estados Unidos, incluindo aCalifórnia e o Novo México. Uma transferência muito menor de território, em partes do sul do Arizona e do Novo México -Compra Gadsden - ocorreu em 1854. A Guerra das Castas de Yucatán, a revolta maia, que começou em 1847, foi uma das mais bem sucedidas revoltas modernas de indígenas americanos.Rebeldes maias, ou cruzob, mantiveram enclaves relativamente independentes até à década de 1930.
Insatisfação com o retorno de Santa Anna ao poder levou ao liberal Plano de Ayutla, iniciando uma era conhecida como La Reforma, depois que uma nova Constituição foi elaborada em 1857 estabeleceu um estado secular, o federalismo como aforma de governo, e várias liberdades. Como os conservadores se recusaram a aceitar esta constituição, a Guerra da Reforma começou em 1858, durante a qual ambos os grupos tinham seus próprios governos. A guerra terminou em 1861com a vitória dos liberales, liderados pelo presidente ameríndio Benito Juárez. Nos anos 1860 o México sofreu uma ocupação militar da França, que criou o Segundo Império Mexicano sob o domínio do arquiduque da Casa de Habsburgo Ferdinando Maximiliano da Áustria com o apoio do clero católico romano e dos conservadores, que mais tarde trocaram de lado e se juntaram ao liberales. Maximiliano rendeu-se, foi julgado em 14 de junhoe executado em 19 de junho de 1867.
Porfirio Díaz, um general republicano durante a intervenção francesa, governou o México de 1876 a 1880 e depois de 1884 a 1911, em cinco reeleições consecutivas, período conhecido como Porfiriato, caracterizado por notáveis realizações econômicas, investimentos nas artes e ciências, mas também pordesigualdade econômica e repressão política.
Em 1813, foi convocado o Congresso de Chilpancingo e, em 6 de novembro, foi assinada a Ata solene da declaração de independência da América Setentrional. Morelos foi capturado e executado em 22 de dezembro de 1815. Nos anos seguintes, a revolta esteve perto do colapso, mas em 1820 o vice-rei Juan Ruiz de Apodaca enviou um exército sob o comando do generalcrioulo Agustín de Iturbide contra as tropas de Vicente Guerrero. Em vez disso, Iturbide aproximou-se de Guerrero para juntar forças, e em 1821 os representantes da Coroa espanhola e Iturbide assinaram o Tratado de Córdoba, que reconheceu a independência do México, nos termos do Plano de Iguala.
Agustín de Iturbide autoproclamou-se imediatamente imperador do Primeiro Império Mexicano. Uma revolta contra ele, em 1823, estabeleceu os Estados Unidos Mexicanos. Em 1824, uma Constituição da República foi elaborada e Guadalupe Victoria tornou-se o primeiro presidente do recém-nascido país. As primeiras décadas do período pós-independência foram marcadas pela instabilidade econômica, que levou à guerra dos pastéis em 1836, e uma luta constante entre liberales, adeptos de uma forma de governo federal, e conservadores, adeptos de uma forma hierárquica de governo.
Em 1836 o general Antonio López de Santa Anna, um centralista e ditador por duas vezes, aprovou as Siete Leyes, uma alteração radical que institucionalizou a forma centralizada de governo. Quando ele suspendeu a Constituição de 1824, a guerra civil espalhou-se por todo o país, e três novos governos declararam a independência: a República do Texas, a República do Rio Grande e da República de Yucatán.
A provável fraude eleitoral que levou à quinta reeleição de Díaz provocou a Revolução Mexicana de 1910, inicialmente liderada por Francisco I. Madero.
Díaz renunciou em 1911 e Madero foi eleito presidente, mas deposto e assassinado durante um golpe de Estado dois anos depois, dirigido pelo conservador general Victoriano Huerta. Evento esse que re-iniciou a guerra civil, envolvendo figuras como Francisco Villa e Emiliano Zapata, que formaram suas próprias forças. A terceira força, o exército constitucional liderado por Venustiano Carranza, conseguiu pôr fim à guerra, e radicalmente alterou a constituição de 1857 para incluir muitas das premissas e demandas sociais dos revolucionários, o foi eventualmente chamada de Constituição de 1917. Estima-se que a guerra matou 900 mil pessoas de uma população de 15 milhões de habitantes em 1910.46 47
Assassinado em 1920, Carranza foi sucedido por um outro herói revolucionário, Álvaro Obregón, que por sua vez foi sucedido por Plutarco Elías Calles. Obregón foi reeleito em 1928, mas assassinado antes que ele pudesse assumir o poder. Em 1929, Calles fundou o Partido Nacional Revolucionário (PNR), mais tarde rebatizado de Partido Revolucionário Institucional (PRI), e iniciou um período conhecido como Maximato, que terminou com a eleição de Lázaro Cárdenas, que implementou várias reformas econômicas e sociais, e mais significativamente expropriou a indústria petrolífera na PEMEX em 18 de março de 1938, mas provocou uma crise diplomática com os países cujos cidadãos tinham perdido negócios pela medida radical de Cárdenas.
Entre 1940 e 1980, o México experimentou um substancial crescimento econômico que alguns historiadores chamam de "milagre mexicano". Embora a economia tenha continuado a florescer, a desigualdade social continuou a ser um fator de descontentamento. Além disso, o governo do PRI tornou-se cada vez mais autoritário e às vezes opressivo (i.e.: Massacre de Tlatelolco em 1968, que custou a vida de cerca de 200-1500 manifestantes).
As reformas eleitorais e os preços elevados do petróleo seguiram a administração de Luis Echeverría,52 53 a má gestão destas receitas levou a inflação e agravou a crise de 1982. Naquele ano, os preços do petróleo despencaram, as taxas de juros subiram e o governo honrou sua dívida. Presidente Miguel de la Madrid recorreu à desvalorização da moeda, que por sua vez, provocou inflação.
Na década de 1980, primeiras rachaduras na posição de monopólio político do PRI eram vistos como a eleição de Ernesto Ruffo Appel em Baja California e a fraude eleitoral em 1988, o que impediu o candidato de esquerda Cuauhtémoc Cárdenas de ganhar as eleições presidenciais nacionais, que perdeu para Carlos Salinas de Gortari, levando a protestos maciços na Cidade do México.
Salinas embarcou em um programa de reformas neoliberais, que fixou a taxa de câmbio, controlou a inflação e culminou com a assinatura do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA), que entrou em vigor em 1 de janeiro de 1994. No mesmo dia, oExército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) iniciou uma rebelião armada de duas semanas de duração contra o governo federal, e continuou como um movimento de oposição não violento contra o neoliberalismo e a globalização.
Em dezembro de 1994, um mês depois de Salinas ter sido sucedido por Ernesto Zedillo, a economia mexicana entrou em colapso, com um rápido pacote de regaste estadunidense autorizado pelo presidente Bill Clinton e com as principais reformas macroeconômicas iniciadas pelo presidente Zedillo, a economia recuperou-se rapidamente e atingiu um crescimento de quase 7% ao ano até o final de 1999.
Em 2000, após 71 anos, o PRI perdeu a eleição presidencial para Vicente Fox do Partido da Ação Nacional (PAN), de oposição. Após as eleições presidenciais,Felipe Calderón, do PAN, foi declarado vencedor, com uma margem apertada sobre o político esquerdista Andrés Manuel López Obrador, do Partido da Revolução Democrática (PRD). López Obrador, no entanto, contestou a eleição e se comprometeu a criar um "governo alternativo".
Bandeira do MéxicoBrasão do México