quarta-feira, 21 de maio de 2014

Djibouti

Djibuti ou Jibuti , também conhecido pela forma francesa Djibouti, oficialmente República do Jibuti, é um pequeno país do nordeste de África, limitado a norte pela Eritreia, a leste pelo estreito de Bab el Mandeb, pelo Golfo de Áden e pela Somália e a sul e oeste pela Etiópia. A capital é Djibouti.
O país está localizado na África Oriental, mais precisamente a leste do golfo de Áden. O golfo, o mar Vermelho e o canal de Suez são acidentes geográficos que servem de acesso ao oceano Índico e ao mar Mediterrâneo. A contribuição dada pela localização de Djibouti foi a transformação da capital do mesmo nome, em um porto principal. De modo potencial, a importância dessa localização é estratégica. Apesar da livre passagem dos navios pela litoral de Djibuti, para uma nação poderosa tomar posse da área, a possibilidade seria o controle da navegação de navios entre o oceano Índico e o mar Mediterrâneo.
O Djibuti é o 133º país mais rico do mundo por PIB per capita e a 167ª maior economia por PIB, quase com ausência de recursos naturais. A independência do Djibuti foi proclamada em 1977, em relação à França, cuja área foi dominada a partir do final do século XIX. O primeiro nome dado pelos franceses ao país foiSomália Francesa; em 1967, recebeu o nome de Território Francês dos Afares e Issas.
O Djibuti foi habitado por povos vindos da Arábia no século III antes de Cristo, aproximadamente. Eles se estabeleceram ao norte e deles se originaram os afars. Vindos da Somália, os issas expulsaram esses primeiros habitantes e se estabeleceram na região litorânea. Na nossa era, mais precisamente em 852, chegaram novos agrupamentos árabes, que dominavam o comércio da região até o advento dosportugueses, no século XVI. Mas, os portugueses também perderam o interesse pela região, abandonando-a aos árabes quando seus interesses passaram a se concentrar no Oriente.
Em 1888, foi estabelecida pela França a colônia denominada Costa Francesa dos Somalis, cuja capital foi Djibouti desde 1892. Na época teve início a construção da ferrovia como elo de ligação entre Djibuti e aEtiópia. A entrada ao interior se tornou possível devido às estradas construídas de 1924 até 1934. Na época da Segunda Guerra Mundial, mais precisamente em 1940, foi estabelecido no Djibuti um governo neutro, fazendo parte do regime francês de Vichy. Posteriormente, o porto de Assab, na Eritreia, ganhou mais importância do que o de Djibuti.
No ano de 1946, a região foi convertida em território francês de ultramar. No ano de 1958, a decisão dos moradores da Costa dos Somalis era a permanência na Comunidade Francesa, com a maioria absoluta dos votos válidos a favor feita pelos afars e pelos europeus. Mas, o eleitorado issa era contrário à essa decisão. Em 1967, nova eleição aprovou que o Djibuti se vinculasse com a França, mas em 1977 um último plebiscitoproclamou a independência do Djibuti.
No início da década de 1980 agravaram-se as tensões entre as duas grandes comunidades étnicas do país, enquanto a chegada de refugiados das zonas de guerra próximas contribuía para piorar a situação socioeconômica já instável. Em 1987 realizaram-se pela segunda vez eleições presidenciais e legislativas, nas quais saiu vitorioso o único partido concorrente, a União Popular pelo Progresso (RPP). Em 1994, aFrud se dividiu. Uma facção negociou com o governo, enquanto outro setor mantém a guerra civil. Em 1996, a maior parte da Frud virou partido político e, em 1997, concorreu às eleições parlamentares em aliança com a governista União Popular pelo Progresso (RPP). A aliança obteve as 65 cadeiras do parlamento.
Na eleição presidencial de 1999, foi eleito Ismaïl Omar Guelleh (RPP), sobrinho de Gouled. A facção guerrilheira da Frud depôs as armas em 2000, ano em que o general Yacin Yabeh Galeb, chefe da polícia, tenta um golpe de Estado ao ser demitido. Ele foi preso, julgado e condenado a 15 anos de prisão.
Em 2001Dileita Mohamed Dileita passou a ser o primeiro-ministro. No ano seguinte, o país tornou-se base de ações internacionais contra o terrorismo. Nas eleições de 2003, a coalização governista elege os 65 parlamentares.
Em 2005, o presidente Guelleh foi reeleito sem concorrentes. A oposição boicotou a reeleição, alegando falta de democracia na disputa. Observadores internacionais, porém, consideram boas as condições do pleito.
Em maio de 2006, o governo de Djibouti registrou o primeiro caso humano de infecção pelo vírus da gripe aviária na região. Um relatório da Organização das Nações Unidas acusou o governo do Djibouti, em novembro, de violar o embargo de armas contra a Somália e fornecer armamento às milícias islâmicas que dominaram a capital, Mogadíscio.
Em 2007, a Organização das Nações Unidas pediu ajuda internacional ao Djibouti por causa da seca, que pode deixar 53 mil pessoas sem comida. Em fevereiro de2008, o partido do governo conseguiu todos os assentos no Parlamento, em eleições boicotadas pela oposição. O novo gabinete tomou posse no mês seguinte e Dileita foi reeleito primeiro-ministro.
Em junho ocorreram mais confrontos com forças da Eritreia na fronteira, deixando pelo menos nove mortos. Em janeiro de 2009, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas deu um ultimato à Eritreia para retirar suas tropas da área disputada com o Djibouti em até cinco semanas. O governo do país se negou a cumprir a ordem, alegando que a região ocupada faz parte de seu território. Em outubro, o Djibouti acusou a Eritreia de treinar e armar milícias para promover ataques à nação vizinha.
O território do Djibouti divide-se em três regiões principais. O litoral, banhado pelas águas do Bab-el-Mandeb e do golfo de Tadjura, não atinge mais de 200m dealtitude sobre o nível do mar. No sul e centro do país, erguem-se mesetas vulcânicas que oscilam entre 500 e 2.500m de altitude, às vezes margeadas pordepressões e lagos. No norte erguem-se as montanhas que caracterizam a terceira região, cujo ponto culminante é o monte Mussa Ali, com 3 500m. Em geral, toda a superfície do Djibouti é árida, recortada por depressões profundas e coberta de areais. Na zona montanhosa correm três riachos de leito arenoso, o Sadai, o Adaleyi e o Iboli. Um rio subterrâneo, o Ambouli, constitui importante fonte de fornecimento de água.
clima do Djibouti é tórrido, com temperaturas máximas diurnas que oscilam entre 29° C em janeiro e 43° C em julho. De novembro a abril há uma estaçãorelativamente fresca, com temperaturas médias diurnas entre 22° C e 30° C. As chuvas, procedentes do oceano Índico, ocorrem desde o término do verão até o final de março, mas as precipitações só atingem 125mm por ano no litoral e pouco mais de vinte milímetros no interior do país.
A maior parte do território é desértica, com vegetação de arbustos espinhosos e alguns pastos. Nas montanhas há também áreas florestais e no litoral crescemtamareiras e tamarineiras. A fauna do Djibouti inclui linceschacaisantílopes e gazelas. Apenas um por cento da superfície do país é cultivável e cerca de nove por cento servem de pasto.
Bandeira do DjiboutiBrasão de armas do Djibouti

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